Era previsível que a imprensa, não podendo desmerecer os números do Ipea e da FGV divulgados na terça-feira - números que mostraram redução da pobreza, crescimento da classe média e um espantoso aumento até no número de ricos -, tratasse de atribuir a FHC o expressivo sucesso gerado pelas políticas sociais do governo Lula. O partidarismo dessa imprensa pró FHC, José Serra e Geraldo Alckmin, é notório.
A verdade factual, porém, é outra: o que produziu esses êxitos retumbantes para o país foram políticas sociais como aumentos muito maiores do salário-mínimo a partir de 2003, o forte aumento do emprego formal e, claro, o Bolsa Família, programa de transferência de renda que deixou de ser cosmético, como era no governo tucano, para se transformar, neste governo, num dos programas sociais mais elogiados do mundo.
Causa espécie aos cidadãos conscientes o que essa imprensa partidarizada voltou a fazer a partir da divulgação dos estudos em tela, ou seja, tentar vender ao seu público decrescente a falácia de que tudo que dá certo neste governo é mérito do governo anterior e de que tudo que dá errado é demérito do atual governo. Contudo, tal prática vil não muda o fato de que a pobreza, que sob FHC vinha aumentando, caiu sob Lula.
Refletindo com serenidade, percebe-se que esse discurso falacioso e essa conduta antidemocrática das imprensas paulista e carioca, que acham que podem bloquear o contraditório, são produtos do medo, do pavor que esses veículos sentem por saberem que estão perdendo influência na sociedade, do que são provas seu fracasso retumbante em impedir a reeleição do presidente Lula e os índices de popularidade atuais dele, apesar da difamação que sofre na imprensa.
Veículos como esse sentem-se poderosos por poderem determinar o que sai ou não em suas páginas e que opiniões e fatos seu público deve ou não conhecer, mas o que parece força a esses inimigos da democracia e do bom jornalismo, na verdade é sua grande fraqueza, a fonte de sua decadência contínua e irreversível, pois mentiras e medo do contraditório jamais serão força, jamais serão poder. Quando muito, são covardia.
Eduardo Guimarães
Nenhum comentário:
Postar um comentário